fevereiro 17, 2013

LÁPIS COLORIDOS


Por Graça Novais

Foi-se o tempo das mochilas de pano
das saias pliçadas e sapato colegial
Foi-se o tempo do doce pirulito
Enfiado no palito
Do canto ao Hino Nacional
Foi-se o tempo da paquera inocente
Do piscar de olhos e mãos dadas
Corações palpitantes, adrenalina
Brotando os sonhos das meninas
Foi-se o tempo dos ternos tempos
De um momento em muitas vidas
Anos dourados, que não se esquece
Caixinhas de lápis nos aquece
Em papel branco tudo aparece
Casinhas, árvores, montanhas mil
Tudo adornado por um céu azul anil
Foi-se o tempo de ternos tempos
Fica a arte dos indeléveis momentos.

janeiro 19, 2013

TEUS RECANTOS


 Por Graça Novais

 Nos teus recantos tu ti encantas
Canta o despertar dos teus sonhos
Acalenta o teu cansaço em muitos abraços
De quem já não tem o teu suor, o teu olhar
Desperta a energia das tuas forças
Enamora o silêncio do momento
Suaviza o semblante empalidecido
Renascendo como sol de outono
Trazendo brilho aos palcos naturais
Que encena o viver continuamente.

outubro 07, 2012

DESENGANO


Por GraçaNovais

Tardei minha velhice
Corri, andei, viajei
Me embelezei
Busquei formas de remoçar
Cantarolei, bailei, sorri
Trabalhei, comprei, gastei
Paquerei, namorei, amei
Orei, sonhei
Com minha juventude a se eternizar
Na rotina...
Não vi que me esvaía
Não sou mais eu
Ao me espelhar.

novembro 13, 2011

FLORES DE DIOS


Por Graça Novais

Me pongo a mirar
Las flores como se fueren
Regalos de Dios
Y en el aroma agradable
Un poco de su esencia
¿Será Dios las propias flores?
¿Será las flores milagros de Dios?
Solo sée que las flores
Me recuerda los amores.

VISITA Á MÃE TERRA


Por Graça Novais

Hoje fui ver a minha cidade
Esta cercada por um caloroso mar
Olhei o céu de azul anil
A terra de flores mimosas, especiais
Se adornava com milhares de coqueirais
Observei as ruas
Umas apertadas, outras alongadas
Ladeiras que não acabavam mais
Deu uma saudade dos trios
Desfilando nos muitos carnavais
Vi alguns monumentos, espigões
Tantas igrejas, casarões
Gente pra lá e pra cá
De todas as nações
Visitantes que vieram se deliciar
Da minha ciadade antes do último suspirar
Ouvir barulhos na calçada
Ginga de capoeira, arte da molecada
Procurei por elas...
Cheinhas de balagandãs
Saias rodadas branquinhas
Não estavam em Itapoan
Nem no Pelô, Rio Vermelho!
Onde estavam com seus tabuleiros?
Cadê o acarajé desta mulher?
Cadê Bahia a tua baiana?
Cadê baiana a tua iguaria?
Lavam no Bonfim as suas escadarias.

outubro 22, 2011

UN PERFIL

Por Graça Novais

Miré para te
Con mis ojos felinos
Hambre por te devorar
Y....
Se han pegado ahí
De la mano en la barbilla
Gafas en la cara
Tratando de ocultar
Un poco más sobre te
Sólo que ya te mirava
Con mis ojos vorazes
Con mis deseos incontrolabes
Pués tú eres mi favorito
Sé que es sólo un perfil
¿Verdadero o mentiroso???
Pero, tan encantador a su manera
Me devolvió el optimismo.

UM PERFIL
Por Graça Novais

Olhei para ti
Com meus olhos de felina
Faminta por te devorar
E tu...
Ficastes aí de mão no queixo
Óculos na face
Tentando esconder
Um pouco mais de ti 
Só que já te via
Com meus olhos vorazes
Com  desejos incoantidos
Pois, és meu preferido
Sei que és apenas um perfil
Verdadeiro ou mentiroso???
Mas, teu jeito tão cahrmoso
Me devolveu o alto astral.

setembro 28, 2011

SOCORRO PROFESSORES

Por Graça Novais

Está na hora de escrever
De dizer o que o peito não consegue conter
É demais tamanha aflição
Tudo crescendo como um furacão
Tudo pertinho embora pelo mundo afora
Gente explodindo o que vem na “telha”
Cantando ou zumbindo feito abelha
É mesmo um mundo de dá dó
Mas, aqui na garganta desato o nó
O que li  me deixou eletrocutada
Foi mesmo uma pancada no juízo
Estava escrito com todas as letras
Que faltavam letras naquela escrita
Que trocaram de lugar para confundir
Foi uma aberração total
O português estava com o pé na cova
E a educação dando uma de Pilatos
Deus me acuda desta ignorância
Que atravessa o meu país
Onde andam os responsáveis
Que não lêem estas tristezas
Que não vêem na doente escrita
O SOS da mal-dita.

junho 19, 2011

AGRADECER SEMPRE

Por Graça Silva Novais

Quando o sol nascer...
Não lembrarei o passado insignificante.
Abolirei da mente todos os falsos amores.

Olharei para mim como um potro,
Esperançoso por crescer, mais e mais.

Sentirei o frescor da natureza
Da paisagem à minha volta,
Pois ela é o palco das minhas emoções.

Me curvarei diante do Criador
Agradescendo, mais este presente dos céus!


Quando o sol se por...
Lembrarei a graça que foi este dia.
Orarei pelos anjos que me acompanharam nesta caminhada.

Recordarei as palavras de carinho e amizade proferida.
Aspirarei a brisa de uma noite a se concretizar.

Me curvarei diante do Criador
Agradescendo tão maravilhoso presente seu!

VIVER SEM TI

Por Graça Silva Novais

Lá vem você de novo
Com maina de cuidar de mim
Dando uma de bonzinho
Sorrateiro, pé-ante-pé
Investiga e aconselha
Não dar mesmo o braço a torcer
Vejo que não és capaz de fitar
No fundo do meu olhar
Diz frases curtas
Palavras diretas
Temendo ou tremendo
É melhor não se estender
Só bebendo para esquecer
Ou lembrar que quer me ver
Dar um telefonema disfarçado
Traz lembraças do passado
Umas boas, outras ruins
Faz lembrar que chgamos a um fim
Para quem acredita, que exista fim
Mais parece pausa prolongada
De um amor incompreendido
Um dia mal resolvido
Que agora não oferece perigo
Já sabemos o que fazer
Viver só, é bem viver
Viver sem ti é meu querer.

março 28, 2011

O OLHAR AMOROSO


Por GraçaSilvaNovais

O "amor" quero entender
Através dos seres do meu viver

Não os contraditórios
Mas, por aqueles simplórios

Vejo-o na canção do bem-ti-vi
Ao amanhecer, por aí

Vejo-o no olhar do felino
E do exasperado ratinho

Também, naquela lagartixa
Vejo o amor a se esconder

De galho em galho a pular
Pequenos micos retém meu olhar

Voando pelo azul do céu
Nas abas do meu chapéu

São borboletas, que cena bela
Muitas abelhas em minha janela

No aquário um calmo peixinho
Vai e vem a nadar

A minúscula formiguinha
O seu caminho a trilhar

Não tem visão mais marcante
Que um caracol a espreguiçar

O amor!... Quem pode entender?
Só aquele, que aguçar o olhar.