Luis, Lucas, João e Manoel
Homens de coragem e de vontade
Seres de determinação e desejo
Soldados e alfaiates de pouca idade
Heróis, que hoje não vejo
Inconformados, ouvindo lamentações
Dos que dividiam com eles o mesmo chão
Baixos salários, altos impostos, tudo caro
Saqueavam os armazéns para ter o pão
Aspirações e desejos de melhorar de vida
Reunia-os numa casa às escondidas
Pois, as autoridades baianas
Se soubessem que pretendiam
Lançar a revolta na cidade
Acabariam com os ânimos
De liberdade, igualdade e fraternidade
Nasceu a sociedade secreta
De nome Cavalheiros da Luz
Com o papel de divulgar os sonhos
E espalhar naquele 12 de agosto
Cartazes nas portas, paredes
Causando um motim medonho
Até nas casas dos não envolvidos
Para despistar o governo
E ninguém sair ferido
O governo reagiu
Botou mãos na palmatória
Invadia, atacava, batia
Mas, o povo nada sabia
José da Veiga um traidor
Abriu o saco e contou
Sobre tudo que acontecia
Dos revoltosos e das mulheres
Dos cantos que se escondiam
Foi fugas para todo lado
Bota prá fora do país
Enforcamento na Praça da Piedade
De Manoel, João, Lucas e Luis
Por GraçaSilva:
Uma homenagem aos 211 anos da Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana (1798)
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